Bem-Aventurado António Leszczewicz

BEATO ANTÓNIO

Bem-Aventurado António Leszczewicz – Sacerdote Mártir

Nasceu no dia 30 de setembro de 1890, em Abramowo, na Lituânia. Seus pais eram João e Carolina. Teve quatro irmãos.

Em 1908 entrou no Seminário Diocesano em Mohylew em Petersburgo.

No decorrer de quatro anos passou pelos estudos de filosofia e teologia. “Foi sempre um aluno aplicado e dedicava-se inteiramente aos estudos”.  Foi ordenado diácono no inicio de 1914 e no dia 14 de abril de 1914 foi ordenado sacerdote. Após as solenidades das primícias, o jovem sacerdote dedicou-se aos trabalhos pastorais, que desempenhou por quase 25 anos no Extremo Oriente, sem nunca visitar a família nem a pátria.

Já perto do seu jubileu de prata sacerdotal, o padre António tomou a inesperada decisão de ingressar numa ordem religiosa.

Conhecendo o padre André Cikoto, o qual era da Congregação dos Marianos, em Harbin (China), decidiu entrar na comunidade dos padres marianos. E, no dia 13 de junho de 1939, professou os primeiros votos religiosos.

Neste período, o padre António foi trabalhar em Druia – Bielo-Rússia. Passado apenas uma semana de sua estadia nessa localidade, eclodiu a segunda guerra mundial. Druia foi dominada pelos exércitos soviéticos.

A igreja paroquial foi transferida para Rosica, localizada a 30 km de Druia. No final de outubro de 1941, o padre António organizou em Rosica uma grande celebração. A partir de novembro daquele ano passou a viver permanentemente nessa paróquia.

Em meados de fevereiro de 1943, Druia foi ocupada pelo estado maior alemão e em Rosica se instalaram destacamentos de expedições punitivas.

No dia 16 de fevereiro de 1943, numa terça-feira, o exército queimou as casas, e os moradores, sob ameaça de fuzis, refugiaram-se na igreja paroquial de Rosica. Ali os padres confessavam, distribuíam a comunhão, batizavam, ungiam, preparavam as pessoas para a morte.

O padre António foi levado pelos nazis no dia 17 de fevereiro à tarde. As religiosas que se despediram dele, recordam que quando os nazistas o levaram ele estava alegre e sorria. Ele ordenou a elas que fossem corajosas e que rezassem sempre. Mais luz projetam sobre a sua atitude as palavras de uma das testemunhas. Nos seus paroquianos, padre António queria incutir a esperança cristã na vida eterna, esperança que ele viveu: “Não chorem… Deus nos pede o sacrifício de nossas vidas. Nós temos que depositar esse sacrifício aos Seus pés. Um breve momento e a vida eterna espera por nós. E eu vos asseguro diante de Deus que está aqui connosco na igreja, garanto-vos em Seu nome, que se aceitarem a Sua vontade, receberão o Céu (…). Adeus no Céu”. 

Assim morreu o pastor que não quis deixar as suas ovelhas abandonadas. O padre António e outros cristãos foram queimados em uma velha choupana de madeira.