Beato Bispo Jorge Matulaitis Matulewicz

O RENOVADOR

Beato Bispo Jorge Matulaitis Matulewicz

Expulsa de Portugal em 1834, perseguida nos países de Leste e impedida de receber novas vocações, em 1909, a Congregação dos Marianos estava prestes a desaparecer, contando apenas com um membro, Pe. Vicente Senkus.

Pe. Jorge Matulaitis Matulewicz, conhecendo a Congregação dos Marianos, pede para entrar nela e oferece-se para a renovar a fim de poder subsistir em ambiente de perseguição.

O Pe. Jorge nascera na aldeia conhecida por Luginé, na Lituânia, no dia 13 de Abril de 1871, de pais piedosos e honestos, o qual foi baptizado no dia 20 do mesmo mês e foi chamado de Jorge Boleslau.

Desde tenra idade sobressaiu na piedade e bebeu o temor de Deus juntamente com o leite materno.

Pelos três anos de idade, no ano de 1874, ficou órfão de pai e, no ano de 1881, também de mãe. O seu irmão mais velho, sendo tutor, tratou-o bastante duramente. Acabados, pois, os estudos do Ginásio, parecendo de fraca saúde, o irmão julgou que os trabalhos do campo contribuiriam mais para a saúde do Servo de Deus do que os estudos.

Abandonados, portanto, os estudos, Jorge foi obrigado a lançar-se na vida do campo, quando já tinha dezassete anos de idade e sentia no seu coração a vocação para o estado eclesiástico.

Emitiu os votos na Congregação dos Piaristas a 22 de Julho de 1656.

Ainda antes de ser ordenado padre, foi professor de Retórica durante 5 anos nos colégios da sua Congregação. A 12 de Março de 1661 é ordenado sacerdote. Continua como professor de Retórica até 1669. Sobre o assunto escreve um livro intitulado Introdução à Rainha das Artes, que foi publicado, pela primeira vez, em 1663, sendo muito apreciado.

Exerceu primorosamente o ofício de pregador, conquistando depressa o renome de “Orador famoso”.

Por defender que a eleição de todos os superiores da Província polaca da Congregação dos Piaristas fosse feita pelo Capítulo Provincial, de acordo com a legislação da Igreja e por defender a fiel observância da regra nas comunidades da sua Província, entrou em conflito com os superiores, tendo sido considerado um “perturbador da Província”.

As constantes e graves perseguições promovidas pelos superiores à sua pessoa, o relaxamento da observância da vida religiosa entre os Piaristas, o desejo de estabelecer a paz e a tranquilidade entre os membros divididos, por causa dele, em duas facções opostas e o impedimento imposto pelos superiores à sua actividade literária foram as principais razões que levaram o Pe. Estanislau a sair da Congregação dos Piaristas, em 1670. Mas, no acto formal da saída, o Pe. Estanislau acrescentou um solene oferecimento (Oblatio) à sua segunda vocação religiosa, ou seja, a de iniciar um novo Instituto religioso, o dos Clérigos Marianos da Imaculada Conceição, e de viver nele segundo o espírito dos conselhos evangélicos, até à morte. Foi a 11 de dezembro de 1670, data reconhecida como a fundação da Congregação.

Missa da Canonização de Santo Estanislau: 05-06-2016