Memória do seu falecimento – 1995

Irmão Casimiro Zmijowski, MIC (15.02.1910-7.05.1995)

Chegou a Balsamão em 19 de Agosto de 1956. O Ir. Casimiro participou na IIª Guerra Mundial, no cerco e assalto ao Monte Cassino (Itália). Depois da guerra entrou na nossa Congregação, em Inglaterra. Esteve em Roma, e daí veio para Balsamão. Deixou-nos um testemunho de silêncio e de laboriosidade, servindo a comunidade como exímio apicultor e mecânico. Embora de poucas palavras, tinha grande sentido de humor. Quando o estar à mesa se prolongava, dizia: “Da cozinha não vem mais nada!” No seu último aniversário natalício, a 15 de fevereiro de 1995, quis discursar: “Quero agradecer a todos os membros da Casa porque são todos meus amigos. Eu gosto da verdade e quando falo digo a verdade: os portugueses são alegres e amigos, mais do que outros povos. Em Roma, estava no jardim e alguém que passava na rua ameaçou-me, sem eu lhe fazer nada. Em Portugal nunca me aconteceu isso. Pelo contrário, vêm-me cumprimentar sem eu os conhecer”. Na altura, agradecemos ao Ir. Casimiro por tudo o que ele fez pelos Marianos, em Portugal. Mesmo aos 85 anos, continuava a servir, “rachando lenha, fechando a Igreja, tocando o sino e muitas outras coisas que ninguém vê, como cuidar dos motores”. A respeito dos sinos, o Ir. Casimiro disse: “Eu tenho um amigo na torre: um sino que foi feito em 1910, ano eu que eu nasci. E ele é apóstolo porque anuncia, é inocente e eu não; eu sou pecador, eu nasci pagão”. E disse mais: “Hoje tantos abandonam a fé, não acreditam em Deus. Quem perde a fé perde tudo. Não são palavras minhas. Sem fé, com a morte, perde-se tudo, mas nós não: nós estamos contentes e alegres em Deus”.