Santuário de Nossa Senhora de Balsamão

LENDA E HISTÓRIA

Santuário de Nossa Senhora de Balsamão

As raízes do Santuário de Nossa Senhora de Balsamão assentam, provavelmente, nos tempos da Reconquista Cristã, ainda que a primeira data até agora conhecida seja o ano de 1212.

Chamava-se em tempos “Monte Carrascal”. Aqui se instalaram os Mouros donde subjugavam os Cristãos com pesados impostos, entre os quais figurava o vergonhoso Tributo das donzelas, que consistia no facto de que, sempre que houvesse um casamento, a noiva vinha passar a noite de núpcias no Castelo, com o Emir, chefe dos Mouros.

A lenda de Balsamão está adjacente à libertação dos Cristãos de tamanha injúria.

Certo dia, realizou-se um casamento em Castro, a uns 15 kms de Balsamão. Ao sair da Igreja, como era costume, a noiva foi raptada. Porém, desta vez, os homens e os jovens, às ordens do noivo, partem para o sopé da montanha, gritando: “Queremos ver a cara ao mouro”.

O Emir, escarnecendo, envia-lhes um ridículo punhado de guerreiros, mas logo se vê obrigado a reforçá-los. Os cristãos batem-se com força, mas não resistem muito tempo e começam a desfalecer.

Todavia, a certa altura, notam no campo uma Senhora, vestida de enfermeira, chegada misteriosamente, a limpar as feridas depondo nelas um pouco de bálsamo que sustinha nas mãos e desaparecendo em seguida.

Convencidos de que era a Mãe de Deus, atiram-se confiantes, até que se ouviu um grito vindo das muralhas: “vitória, vitória!”. Os Cavaleiros das Esporas Douradas da vila de Alfândega que tinham subido pela outra encosta decapitaram o Emir e salvaram a noiva.

Durante toda a noite festejaram o triunfo. Celebrou-se Missa na Capela em honra de Nossa Senhora do Bálsamo na Mão. E desde esse dia nunca mais cessaram as romagens ao Santuário da Defensora da Honra do Lar, da Padroeira dos Noivos, da Divina Enfermeira.

  1. 1605

    Confraria de Santa Maria de Balsamão

    Sabemos que, durante a idade média, além do santuário, Balsamão foi sede administrativa, cabeça de concelho. A certa altura, constitui-se uma Confraria de 100 Irmãos eclesiásticos com o nome de «Confraria de Santa Maria de Balsamão», à qual o Papa Paulo V, a 30 de Junho de 1605 concede as indulgências habituais das outras Confrarias.

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    1720-1725

    Santa Maria de Balsamão é comunicada aos Papas

    Da capela e da imagem que nela se venera disse o Bispo D. João de Sousa Carvalho, a 7 de Dezembro de 1720 e a 18 de Janeiro de 1725, respectivamente aos Papas Clemente XI e Bento XIV: «há, nesta Diocese, uma imagem de Nossa Senhora, sob a invocação de Balsamão, que a fé dos católicos aclama, em alta voz, numa capela de magnífica arquitectura, recentemente reparada desde as ruínas ao vértice da mesma capela».

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    1746

    Hospício de Nossa Senhora de Balsamão & Congregação dos Barbadinhos de Nossa Senhora de Balsamão

    No século XVIIII, funda-se o hospício de Nossa Senhora de Balsamão cujo fundador é o leigo António Pires Corcas, natural de Outeiro (Bragança), antigo estudante de Direito na Universidade de Salamanca, com outros 11 leigos e 5 sacerdotes, iniciando-se assim com este grupo, a partir de 12 de Abril de 1746 a «Congregação dos Barbadinhos de Nossa Senhora de Balsamão» a quem fica a ser confiada a guarda do Santuário e a assistência aos peregrinos, vivendo em regime de estrita austeridade. Estes eremitas eram Terceiros Franciscanos. Deve ser dessa altura a configuração da Igreja – com a divisão entre presbitério e corpo da Igreja – até às actuais obras da Igreja (2008-2010).

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    1754

    Ordem dos Marianos da Imaculada Conceição

    Em 1754, os Barbadinhos incorporam-se na Ordem dos Marianos da Imaculada Conceição, atraídos pela figura carismática do Venerável Padre Frei Casimiro Wyszynski.

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    1834

    Expulsão das Ordens religiosas de Portugal

    Em 1834, com a expulsão das Ordens religiosas de Portugal, por Joaquim António Aguiar, o Santuário fica sem atendimento permanente.

  6. 1954

    Regresso dos Marianos a Balsamão

    Em 1954, regressam os Marianos a Balsamão e reconstroem o Convento, dando vida também ao santuário.