Novena de preparação espiritual da Solenidade da Titular da Congregação.
1.º DIA – A definição do dogma da Imaculada Conceição
Maria é a Imaculada Conceição. Esta verdade da fé quer dizer que Maria foi concebida sem Pecado Original e Cheia de Graça. Nós, em Cristo, pelo Baptismo, somos salvos do Pecado Original (= incapacidade de fazer o bem porque separados de Deus). Maria foi preservada (salva antecipadamente) do mesmo pecado, em previsão dos méritos de Cristo.
Este é um mistério de fé em volta do qual se originaram grandes disputas, desde o séc. XII. De um lado, eram os imaculistas, que defendiam que Maria foi concebida sem pecado, sem mácula; doutro, eram ao maculistas, que defendiam que Maria foi concebida com pecado, com mácula. Os imaculistas faziam o chamado “voto de sangue”, isto é, estavam dispostos a dar vida para defender este mistério. A nossa Congregação surgiu (em 1670) para defender e divulgar o mistério da Imaculada Conceição, muito antes de definido como dogma, isto é, como verdade que não se pode negar.
A celebração da Festa da Imaculada Conceição, no dia 8 de Dezembro, é já de costume antigo. Sabemos que no séc. XII já se celebrava. O Papa Sisto IV, em 1482, aprovou a Festa da Imaculada Conceição e publicou uma Bula em defesa deste mistério. Muitos outros Papas se pronunciaram a favor da Imaculada Conceição da Virgem Maria. O Concílio de Basileia (1449) – não considerado Concílio ecuménico, por não ser convocado pelo Papa –, falando sobre este mistério, diz assim: «Definimos e declaramos aquela doutrina que trata da gloriosa Virgem Maria, Mãe de Deus – que com a proveniente e operante graça singular da Divina decisão, nunca a Virgem tivesse sido sujeita, na sua vida, ao pecado Original, mas que tivesse sido sempre imune de toda a original e actual culpa, Santa e Imaculada – como pia e conforme ao culto eclesiástico, a fé católica, a recta razão e a Sagrada Escritura». Também o Concílio de Trento (1546), ao falar sobre o Pecado Original, declara «não ser intenção sua abranger neste decreto, onde se trata do Pecado Original, a Bem-aventurada e Imaculada Virgem Mãe de Deus».
Finalmente, a 8 de Dezembro de 1854, o Papa Pio IX definiu solenemente o Dogma da Imaculada Conceição, com estas palavras: “A bem-aventurada Virgem Maria foi, desde o primeiro instante da sua conceição, por uma graça e um favor singulares de Deus todo poderoso, em virtude dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do género humano, preservada intacta de toda a mancha do pecado original”.
Esta era a Mãe que convinha a Jesus, o Cordeiro Imaculado. Ela, toda bela, é a Mãe do Amor Formoso.
Presidente – Toda sois formosa, ó Maria!
Todos – Toda sois formosa, ó Maria
Presidente – Vós sois a gloria de Jerusalém!
Todos – Vós sois a alegria de Israel!
Presidente – Vós, a honra do vosso povo!
Todos – Vós, a advogada dos pecadores!
Presidente – Pela vossa Conceição Imaculada, ó Maria,
Todos – Purificai o meu corpo e santificai a minha alma.
Presidente – Oremos.
Senhor nosso Deus, que, pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preparastes para o vosso Filho uma digna morada e, em atenção aos méritos futuros da morte de Cristo, a preservastes de toda a mancha, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de chegarmos purificados junto de Vós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Todos – Ámen.
Cântico: Toda sois formosa, ó Maria, Imaculada, mãe do Senhor!
(Pode rezar-se uma dezena do Terço em Honra da Imaculada Conceição, e concluir com o mesmo cântico)
2.º DIA – A Imaculada Conceição: o mistério da salvação de Maria
O grande obstáculo no reconhecimento do mistério Imaculada Conceição foi esta frase da Sagrada Escritura: “Todos pecaram e estão provados da glória de Deus” (Rm 1, 12). Todos pecaram e todos foram salvos por Jesus Cristo. Como admitir alguma excepção? S. Duns Escoto (Franciscano) encontrou o modo teológico de exprimir o mistério da Imaculada Conceição: a preservação do pecado, como acto mais excelente da salvação, em atenção ao mérito de Cristo. O mistério da Imaculada Conceição é o mistério da salvação de Maria. Por isso, é assim que se expressa a Definição do dogma da Imaculada Conceição, em 1854, por Pio IX: “A bem-aventurada Virgem Maria foi, desde o primeiro instante da sua conceição, por uma graça e um favor singulares de Deus todo poderoso, em virtude dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do género humano, preservada intacta de toda a mancha do pecado original”.
O Concílio Vaticano II, na Lumen Gentium, acentua esta ideia de que Maria está entre os “necessitados de salvação”, e que foi salva, por uma graça singular, em ordem a participação com o seu filho na obra da nossa salvação:
Ela foi “remida dum modo mais sublime, em atenção aos méritos de seu Filho”.
Ela está “associada, na descendência de Adão, a todos os homens necessitados de salvação” (LG 53).
Ela “é a primeira entre os humildes e pobres do Senhor, que confiadamente esperam e recebem a salvação de Deus” (LG 55).
“O próprio Espírito Santo a modelou e d’Ela fez uma nova criatura. Enriquecida, desde o primeiro instante da sua conceição, com os esplendores duma santidade singular, a Virgem de Nazaré é saudada pelo Anjo, da parte de Deus, como «cheia de graça» (cfr. Luc. 1,28)” (LG 56).
Maria faz parte da Igreja (está do nosso lado): É “membro eminente e inteiramente singular da Igreja”, como lhe chama o Concílio (LG 53), citando Santo Agostinho.
Maria não é nenhuma deusa, mas uma criatura humana, nossa irmã!
Por isso, nos compreende melhor a nós, necessitados da salvação, como Ela, e nos convida a acreditar em Cristo, único salvador!
E canta eternamente: “A minha alma exulta de alegria em Deus, meu Salvador”!
Presidente – Toda sois formosa, ó Maria!
Todos – Toda sois formosa, ó Maria
Presidente – Vós sois a gloria de Jerusalém!
Todos – Vós sois a alegria de Israel!
Presidente – Vós, a honra do vosso povo!
Todos – Vós, a advogada dos pecadores!
Presidente – Pela vossa Conceição Imaculada, ó Maria,
Todos – Purificai o meu corpo e santificai a minha alma.
Presidente – Oremos.
Senhor nosso Deus, que, pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preparastes para o vosso Filho uma digna morada e, em atenção aos méritos futuros da morte de Cristo, a preservastes de toda a mancha, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de chegarmos purificados junto de Vós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Todos – Ámen.
Cântico: Toda sois formosa, ó Maria, Imaculada, mãe do Senhor!
(Pode rezar-se uma dezena do Terço em Honra da Imaculada Conceição, e concluir com o mesmo cântico)
3.º DIA – A salvação é um dom absolutamente gratuito de Deus
A salvação é um bom absolutamente gratuito para Maria e para nós.
Esse mistério revela o amor absolutamente gratuito por Maria e por cada um de nós. Por este mistério, Maria foi amada e salva sem mérito algum da sua parte, mas em atenção aos méritos de Cristo. Ela é obra-prima da misericórdia de Deus. Por este mistério, ela, “de modo particular e excepcional – como ninguém mais” experimentou a misericórdia de Deus (DM 9), isto é, o amor absolutamente gratuito e incondicional de Deus pela sua criatura.
“A Imaculada Conceição é o triunfo só da graça de Deus: solo gratia”, diz o grande mariólogo, René Laurentin (La Vergine Maria, 264). “A Imaculada Conceição de Maria, com efeito, foi só fruto da graça, puro dom do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Tal evento testemunha que Maria foi justificada pela graça, não pelos seus méritos”, afirma outro estudioso de Maria (Miguel Ponce CUÉLLAR, “Opus solius gratiae: La Concepción Immaculada de María don absoluto de Dios, obra de toda la Trindad”, in AA. VV., Il dogma dll’Immacolata Concezione, pág. 311).
“Todos pecaram e estão privados da glória de Deus. Sem o merecerem, são justificados pela sua graça, em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus”, diz S. Paulo (Rm 3, 23-24). A salvação não é obra nossa, mas dom gratuito de Deus: “Deus, que é rico de Misericórdia, pelo imenso amor com que nos amou, estando nós mortos pelas nossas faltas, deu-nos a vida em Cristo – é pela graça que fostes salvos. […]”. E S. Paulo acentua esta gratuidade da nossa salvação: “Porque é pela graça que fostes salvos, mediante a fé. E isto não é a vós que se deve; é dom de Deus” (Ef 2, 4-8).
O mistério da Imaculada Conceição – mistério da salvação de Maria – não é obra de Maria, mas dom gratuito de Deus. Não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele que nos amou primeiro (cf 1Jo 4, 19). O Mistério da Imaculada Conceição é o ícone da primazia do amor de Deus; o ícone do amor de Deus que nos amou primeiro, sem mérito algum da nossa parte. “Ela foi, por pura graça, concebida sem pecado, diz-nos o Catecismo da Igreja Católica (n.º 722).
Esse mistério exprime de modo sublime e inequívoco a gratuidade da salvação que nos oferecida em Jesus Cristo. Digo “de modo inequívoco” porque no mistério da Imaculada Conceição o amor antecipou-se a Maria, amando-a e salvando-o antes da sua conceição.
Desta experiência absolutamente gratuita da salvação brota a alegria, a acção de graças a Deus, a gratidão e a humildade. Por isso, com e como Maria, cantamos: “A minha glorifica o Senhor e o meu espírito exulta de alegria em Deus meu salvador, porque olhou para a pobreza da sua serva. Ele fez em mim maravilhas! Foi Ele que fez!
Presidente – Toda sois formosa, ó Maria!
Todos – Toda sois formosa, ó Maria
Presidente – Vós sois a gloria de Jerusalém!
Todos – Vós sois a alegria de Israel!
Presidente – Vós, a honra do vosso povo!
Todos – Vós, a advogada dos pecadores!
Presidente – Pela vossa Conceição Imaculada, ó Maria,
Todos – Purificai o meu corpo e santificai a minha alma.
Presidente – Oremos.
Senhor nosso Deus, que, pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preparastes para o vosso Filho uma digna morada e, em atenção aos méritos futuros da morte de Cristo, a preservastes de toda a mancha, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de chegarmos purificados junto de Vós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Todos – Ámen.
Cântico: Toda sois formosa, ó Maria, Imaculada, mãe do Senhor!
(Pode rezar-se uma dezena do Terço em Honra da Imaculada Conceição, e concluir com o mesmo cântico)
4.º DIA – Imaculada Conceição, a alegria da salvação
Queremos saborear, hoje, com e como Maria, a alegria da salvação.
“O mistério da Imaculada Conceição é a essência do carisma” da congregação dos Marianos da Imaculada Conceição, desde o seu alvorecer tem sido “o sinal distintivo, a força e a alegria da vocação mariana”, dizem as nossas Constituições (n.º 2).
A liturgia põe nos lábios de Maria estas palavras do Profeta Isaías: “Exulto de alegria no Senhor, minha alma rejubila no meu Deus, que me revestiu com as vestes da salvação e me envolveu num manto de justiça, como noiva que se adorna com suas jóias” (Cf Is 61, 10). É a alegria da salvação que Maria saboreou, como ninguém, sobretudo pelo mistério da sua conceição.
A saudação que o Anjo dirige Maria, quando lhe vem dizer que foi escolhida para ser a mãe de Jesus, não é uma saudação vulgar, mas um convite à alegria messiânica: “Alegra-te (Kaire), tu que foste transformada pela graça!” (Lc 1, 28).
Muitos exegetas deste texto, desde 1939, têm identificado Maria com a “Filha de Sião”, a quem os oráculos proféticos convidam à alegria messiânica (Veja-se: Sofonias 3, 13-17; Joel 2, 21-22; Zacarias, 9, 9). E quem é esta “Filha de Sião” na Sagrada Escritura? A denominação “Filha de Sião” é dada aos pobres e humildes que, purificados pelo sofrimento, põem a sua confiança só no Senhor e só d´Ele esperam a salvação. Já caíram as ilusões, os ídolos. “Feliz o povo de quem o Senhor é Deus”. A sua fé é verdadeira e cheia de confiança. A sua confiança não será iludida. São convidados a alegrar-se, porque o Senhor (Messias Salvador) virá para eles. Como serão felizes quando Ele chegar! (Cf. Sof 3, 11-17). De facto, “a Boa Nova é anunciada aos pobres” (Mt 11, 11).
Maria personifica estes pobres. Ela, como diz o Concílio, “é a primeira entre os humildes e pobres do Senhor, que confiadamente esperam e recebem a salvação de Deus. Com ela, enfim, excelsa Filha de Sião, passada a longa espera da promessa, se cumprem os tempos e se inaugura a nova economia da salvação, quando o Filho de Deus dela recebeu a natureza humana, para libertar o homem do pecado com os mistérios da Sua vida terrena” (LG 55). Maria é convidada a alegrar-se porque foi e está salva: “Alegra-te (Kaire), tu que foste salva, foste transformada pela graça!” (Lc 1, 28).
A caminhada de purificação do resto de Israel, os pobres do Senhor, a filha de Sião, atinge a sua expressão máxima em Maria, a transformada totalmente pela graça, pelo amor misericordioso de Deus, a primeira salva por Cristo, pelo mistério da Imaculada Conceição! Maria, no seu mistério da Imaculada Conceição, é a mulher feliz por excelência, porque é a pobre por excelência, toda purificada, sem ídolos, sem pecado e toda de Deus! Nela, só o Senhor é Deus. Maria, no mistério da Imaculada Conceição, é a primeira salva. Por isso, é convidada a alegrar-se em Deus seu Salvador!
A visita à sua prima, Isabel, é um hino à alegria, como resposta ao convite do Anjo. Maria, dirige-se “apressadamente” a visitar Isabel, “guiada pelo júbilo de ver cumprida a promessa, levada pela vontade de prestar um serviço, movida pelo impulso interior da sua alegria” (como diz Santo Ambrósio). E esta alegria contagia: “Logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, exclamou Isabel, o menino saltou de alegria no meio seio. Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor” (Lc 1, 44-45). Maria é realmente feliz e diz donde lhe vem a sua felicidade, a sua alegria: “A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade [pobreza] da sua serva. De hoje em diante, me chamarão bem-aventurada todas as gerações. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem” (Lc 1, 46-50).
A alegria de Maria é a alegria da salvação! É a alegria em Deus, seu Salvador!
Ela convida-nos a alegrar-nos sempre em Deus, nosso salvador!
Presidente – Toda sois formosa, ó Maria!
Todos – Toda sois formosa, ó Maria
Presidente – Vós sois a gloria de Jerusalém!
Todos – Vós sois a alegria de Israel!
Presidente – Vós, a honra do vosso povo!
Todos – Vós, a advogada dos pecadores!
Presidente – Pela vossa Conceição Imaculada, ó Maria,
Todos – Purificai o meu corpo e santificai a minha alma.
Presidente – Oremos.
Senhor nosso Deus, que, pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preparastes para o vosso Filho uma digna morada e, em atenção aos méritos futuros da morte de Cristo, a preservastes de toda a mancha, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de chegarmos purificados junto de Vós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Todos – Ámen.
Cântico: Toda sois formosa, ó Maria, Imaculada, mãe do Senhor!
(Pode rezar-se uma dezena do Terço em Honra da Imaculada Conceição, e concluir com o mesmo cântico)
5.º DIA – Imaculada Conceição – salva “dum modo sublime” e a “mais generosa cooperadora” na obra da salvação.
Maria foi salva “dum modo mais sublime”, pelo mistério da Imaculada Conceição, para colaborar com Cristo na obra da nossa salvação (LG 53). Esta relação, de ser salva para cooperar na obra da salvação, é estabelecida pelo concílio Vaticano II. Maria cooperou na obra da nossa salvação, em primeiro lugar, sendo a mãe do Salvador, a mãe de Jesus. “Deus adornou-a com dons dignos de uma tão grande missão”, pelo mistério da Imaculada Conceição. “Enriquecida, desde o primeiro instante da sua conceição, com os esplendores duma santidade singular”, ao ser escolhida para a mãe do salvador, respondeu: “eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc. 1, 38). “Dando o seu consentimento à palavra divina, tornou-se Mãe de Jesus e, não retida por qualquer pecado, abraçou de todo o coração o desígnio salvador de Deus, consagrou-se totalmente, como escrava do Senhor, à pessoa e à obra de seu Filho, subordinada a Ele e juntamente com Ele, servindo pela graça de Deus omnipotente o mistério da Redenção. por isso, consideram com razão os santos Padres que Maria não foi utilizada por Deus como instrumento meramente passivo, mas que cooperou livremente, pela sua fé e obediência, na salvação dos homens” (LG 56).
Ela é a “mais generosa cooperadora” de Jesus, na obra de salvação, refere a Lumen Gentium (LG 61). “Concebendo, gerando e alimentando a Cristo, apresentando-O ao Pai no templo, padecendo com Ele quando agonizava na cruz, cooperou de modo singular, com a sua fé, esperança e ardente caridade, na obra do Salvador, para restaurar nas almas a vida sobrenatural. É por esta razão nossa mãe na ordem da graça” (LG 61). “Depois de elevada ao céu, não abandonou esta missão salvadora, mas, com a sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna. Cuida, com amor materno, dos irmãos de seu Filho que, entre perigos e angústias, caminham ainda na terra, até chegarem à pátria bem-aventurada.” (LG 62). Ela “é verdadeiramente mãe dos membros (de Cristo) …, porque cooperou com o seu amor para que na Igreja nascessem os fiéis, membros daquela cabeça” (LG 53).
Maria, a Imaculada Conceição, é exemplar perfeitíssimo da Igreja, no seu todo, e de cada um de nós em particular. Se somos salvos por Cristo, cooperamos com Cristo na salvação dos irmãos. S. Paulo nos exorta a que não recebamos “em vão a graça de Deus” (2Cor 6, 1). Demos de graça o que de graça recebemos! (Cf Mt 10, 10), com e como Maria. E quanto mais profunda é a experiência de sermos salvos, pela graça, gratuitamente, tanto mais nos empenhamos na obra da salvação dos outros. O cristão é discípulo missionário. Quanto mais discípulo mais missionário!
Presidente – Toda sois formosa, ó Maria!
Todos – Toda sois formosa, ó Maria
Presidente – Vós sois a gloria de Jerusalém!
Todos – Vós sois a alegria de Israel!
Presidente – Vós, a honra do vosso povo!
Todos – Vós, a advogada dos pecadores!
Presidente – Pela vossa Conceição Imaculada, ó Maria,
Todos – Purificai o meu corpo e santificai a minha alma.
Presidente – Oremos.
Senhor nosso Deus, que, pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preparastes para o vosso Filho uma digna morada e, em atenção aos méritos futuros da morte de Cristo, a preservastes de toda a mancha, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de chegarmos purificados junto de Vós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Todos – Ámen.
Cântico: Toda sois formosa, ó Maria, Imaculada, mãe do Senhor!
(Pode rezar-se uma dezena do Terço em Honra da Imaculada Conceição, e concluir com o mesmo cântico)
6.º DIA – A Imaculada Conceição, a mãe de misericórdia
A Idade Média caiu nalguns excessos na exaltação de Maria (a partir do Séc. VIII e culminando no séc. XVII), nomeadamente na sua invocação como Mãe de misericórdia, não apresentando a misericórdia de Maria como reflexo da Misericórdia de Deus e sua apóstola, mas apresentando-a como endeusada, divinizada e, às vezes, em contraposição com Deus Juiz severo. Maria era a Mãe de Misericórdia em oposição a Jesus, juiz severo, sem misericórdia.
“Maria é Mãe de misericórdia, porque Jesus Cristo, seu Filho, foi mandado pelo Pai como Revelação da misericórdia de Deus (cf. Jo 3, 16-18). Ele não veio para condenar mas para perdoar, para usar de misericórdia (cf. Mt 9, 13)”, diz-nos João Paulo II[1]. Ela é Mãe de misericórdia porque mãe de Jesus que é a misericórdia. “Maria é Mãe de misericórdia, também, diz-nos ainda João Paulo II[2], porque a ela Jesus confia a sua Igreja e a humanidade inteira. Aos pés da Cruz, quando aceita João como filho, … Lhe dilata o coração e A torna capaz de abraçar todo o género humano”. “Maria compartilha a nossa condição humana, mas numa total transparência à graça de Deus. Não tendo conhecido o pecado, ela é capaz todavia de se compadecer de qualquer fraqueza. Compreende o homem pecador e ama-o com amor de Mãe”.
A Misericórdia é o amor absolutamente gratuito de Deus, sem mérito algum da criatura humana. “A salvação, que Deus nos oferece, é obra da sua misericórdia, diz o Papa Francisco. Não há acção humana, por melhor que seja, que nos faça merecer tão grande dom” (EG 112).
Maria “é aquela que, de modo particular e excepcional – como ninguém mais – experimentou a misericórdia” (DM 9). Deduzimos, à luz do Concílio, que essa particular preparação de Maria que a torna capaz de descobrir a misericórdia é o mistério da Imaculada Conceição. Maria é aquela que “também de modo excepcional, tornou possível, com o sacrifício do coração, a sua participação na revelação da misericórdia divina” (DM 9). Se o acento da primeira afirmação do Papa estava posto na expressão “experimentou” (subentendendo-se que lhe foi dado experimentar de um modo absolutamente gratuito, tendo Maria feito a experiência do dom da misericórdia numa atitude de “passividade activa”), a acento da segunda afirmação está na expressão “tornou possível”, pela sua colaboração activa, com o sacrifício do coração, a revelação da misericórdia aos homens.
“A sua misericórdia se estende de geração em geração”, anunciou Maria no “magnificat”. A misericórdia é “o coração pulsante do Evangelho”, diz-nos o Papa Francisco. O Evangelho consiste em sermos misericordiosos para com os irmãos assim como o Pai é misericordioso para connosco (cf Lc 6, 36); é amar como Jesus nos amou (cf Jo 13, 34 e Jo 15, 12.17). Assim foi e é Maria, a Imaculada Conceição!
“Concebendo, gerando e alimentando Cristo, apresentando-O ao Pai no templo, padecendo com Ele quando agonizava na cruz, cooperou de modo singular, com a sua fé, esperança e ardente caridade, na obra do salvador, para restaurar nas almas a vida sobrenatural. É por esta razão nossa mãe na ordem da graça” (LG 61). Esta maternidade de Maria na economia da graça perdura, sem interrupção, desde o consentimento da anunciação até à consumação eterna dos eleitos (Cf LG 62). Ela é a mãe de misericórdia! Por isso a invocamos: “Santa Maria, Mãe de Deus e nossa mãe, rogai por nós pecadores”.
Nas aparições de Maria em Fátima, Maria revelou-se como mãe de misericórdia e veio pedir aos pastorinhos uma missão de misericórdia. Já nas aparições do Anjo lhes é anunciada esta missão de misericórdia: “O Altíssimo tem sobre vós desígnios de misericórdia”, diz-lhes na primeira aparição. E, na segunda aparição, especifica: “Orai! Orai muito! Os corações de Jesus e Maria têm sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente orações e sacrifícios. E, na primeira aparição de nossa Senhora, assumem essa missão de misericórdia: “Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que aprouver enviar-vos como súplica pela conversão dos pecadores e como acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido?” – “Sim queremos”, responderam os Pastorinhos.
A misericórdia e o oferecer-se a Deus – na oração e na vida – pelos outros, em amor gratuito. Não é isso que fazemos na oração ensinado pelo Anjo aos pastorinhos que fazemos no início da adoração do Santíssimo: “Meu Deus, eu Creio, adoro …”?
Assim foi e é Maria, a Imaculada Conceição, e assim queremos ser nós, com a alegria de quem ama gratuitamente, porque também somos amados gratuitamente! (Cf SC 103).
Presidente – Toda sois formosa, ó Maria!
Todos – Toda sois formosa, ó Maria
Presidente – Vós sois a gloria de Jerusalém!
Todos – Vós sois a alegria de Israel!
Presidente – Vós, a honra do vosso povo!
Todos – Vós, a advogada dos pecadores!
Presidente – Pela vossa Conceição Imaculada, ó Maria,
Todos – Purificai o meu corpo e santificai a minha alma.
Presidente – Oremos.
Senhor nosso Deus, que, pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preparastes para o vosso Filho uma digna morada e, em atenção aos méritos futuros da morte de Cristo, a preservastes de toda a mancha, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de chegarmos purificados junto de Vós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Todos – Ámen.
Cântico: Toda sois formosa, ó Maria, Imaculada, mãe do Senhor!
(Pode rezar-se uma dezena do Terço em Honra da Imaculada Conceição, e concluir com o mesmo cântico)
7.º DIA – A Imaculada Conceição e a felicidade de escutar a palavra e de a pôr em prática
Maria, a Imaculada Conceição, é a primeira entre os “Felizes que escutam a palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 11, 28). Conhecemos o contexto: Jesus falava à multidão e uma mulher levantou a voz e disse: “Feliz daquela que trouxe no seio e os peitos que te amamentaram!” Poderíamos traduzir desta maneira: “Feliz a mãe que tem um filho como tu”. Ao que Jesus respondeu: “Mais felizes são os que escutam a palavra de Deus e a põem em prática”.
A resposta de Jesus não é desconsideração por Maria, a Mãe de Jesus, que realmente trouxe Jesus no seu seio e o amamentou. Antes pelo contrário, é um elogio a Maria: ela é a primeira entre os que escutam a palavra de Deus e a põem em prática. Quando ouviu a palavra do anjo que lhe anunciou que ia ser mãe virginal de Jesus, Maria acreditou e respondeu: “Eis a serva do Senhor, faça-se me mim segundo a Tua palavra”.
A sua prima Isabel felicitou-a pela sua fé obediente à palavra de Deus: “Feliz de ti que acreditaste no que te foi dito da parte do Senhor”. Portanto, a felicidade de Maria vem-lhe da fé na palavra de Deus e do seu pleno cumprimento nela. Ela é mãe virginal de Jesus porque acreditou!
Muitas vezes, pomos a nossa felicidade nos laços carnais, familiares, nos filhos, no marido ou na esposa, nos irmãos, idolatrando-os (fazendo deles o nosso tudo) e ficamos desiludidos com eles e inconsoláveis. Ponhamos a nossa alegria no Senhor, no fazer a sua vontade, e ninguém nos poderá tirar a nossa alegria! Só o Senhor é o nosso tudo! Isso nos fará superar os desencantos humanos, amando (e perdoando) os nossos irmãos, criaturas e frágeis como nós, não os responsabilizando a eles pela nossa infelicidade. Como Maria, cantemos todos os dias: “A minha glorifica o Senhor e o meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador!”.
“Felizes que escutam a palavra de Deus e a põem em prática!”.
Por isso, Maria, pode dizer, com toda a autoridade, aos servos das bodas de Caná e a nós, hoje: “Fazei o que Jesus vos disser” (Jo 2, 5). Os servos fizeram o que Jesus lhes disse e veio a alegria para as bodas. Façamos o que Jesus nos diz no Evangelho e seremos também daqueles felizes que escutam a palavra de Deus e a põe em prática!
O mesmo mandamento de Maria, no-lo dá Pai do Céu, no monte Tabor: “Este é o meu filho muito amado: escutai-O!”. Plena sintonia entre Jesus, Maria e o Pai do Ceu.
Sabemos tudo isto. “Felizes sereis, se o puserdes em prática” (Jo 13, 17), garante-nos Jesus.
Presidente – Toda sois formosa, ó Maria!
Todos – Toda sois formosa, ó Maria
Presidente – Vós sois a gloria de Jerusalém!
Todos – Vós sois a alegria de Israel!
Presidente – Vós, a honra do vosso povo!
Todos – Vós, a advogada dos pecadores!
Presidente – Pela vossa Conceição Imaculada, ó Maria,
Todos – Purificai o meu corpo e santificai a minha alma.
Presidente – Oremos.
Senhor nosso Deus, que, pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preparastes para o vosso Filho uma digna morada e, em atenção aos méritos futuros da morte de Cristo, a preservastes de toda a mancha, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de chegarmos purificados junto de Vós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Todos – Ámen.
Cântico: Toda sois formosa, ó Maria, Imaculada, mãe do Senhor!
(Pode rezar-se uma dezena do Terço em Honra da Imaculada Conceição, e concluir com o mesmo cântico)
8.º DIA – A Imaculada Conceição, a humilde serva do Senhor
“Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38), foi o sim de Maria ao ser escolhida para a mãe virginal de Jesus. Maria acreditou na palavra que lhe foi dita – ser mãe virginal –, e disse: “Faça-se”, “faça-se em mim segunda a tua palavra”. “Eu sou de Deus: faça-se, como Ele quer! Maria manifesta uma disponibilidade total para Deus: eu sou tua serva, Senhor, eu estou aqui para fazer a tua vontade. É um sim incondicional a Deus. Não se pertence, é de Deus, é a pobre por excelência, é a Imaculada Conceição. Maria entrega-se livremente a Deus para servir o Seu projecto de amor, colaborando activamente com Deus. O Concílio diz Maria: “consagrou-se totalmente, como serva do Senhor, à pessoa e à obra de seu Filho, subordinada a Ele e juntamente com Ele, servindo pela graça de Deus omnipotente o mistério da Redenção. Por isso, consideram com razão os santos Padres que Maria não foi utilizada por Deus como instrumento meramente passivo, mas que cooperou livremente, pela sua fé e obediência, na salvação dos homens”(LG 56).
No seu cântico do Magnificat, Maria diz que Deus “olhou para a humildade/pobreza da sua serva” (Lc 1, 48); Ela não tem nada de seu, Ela é toda de Deus, é a Deus que tudo deve. Por isso, glorifica o Senhor. Não há lugar para o orgulho! Sente-se livre de si mesma, salva, dom. Por isso, exulta de alegria em Deus, seu salvador.
Porque é toda de Deus, é toda dos homens, é serva dos homens, como se verifica na visita à sua prima e nas bodas de Caná. É dom e faz-se dom para os outros. Maria “pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha”, para servir Isabel, sua prima, e “ficou com Isabel cerca de três meses” (Lc 1, 39. 56). Nas bodas de Caná (Jo 2, 1-11), solicita, socorreu os noivos numa aflição e apressou, pela sua fé, a revelação de Cristo, Messias esposo, dizendo aos servos: “Fazei tudo o que Jesus vos disser” (Jo 2, 5). Maria é a serva que diz aos servos das bodas: “Fazei tudo o que Jesus vos disser”. Eles fizeram, e Jesus transformou a água em vinho, vinho de melhor qualidade, símbolo da nova aliança que Jesus veio realizar, qual Messias esposo.
Sejamos destes servos, obedientes a Jesus, na fé, como Maria nos manda, transmitindo-nos, ao mesmo tempo, essa fé em Jesus.
Presidente – Toda sois formosa, ó Maria!
Todos – Toda sois formosa, ó Maria
Presidente – Vós sois a gloria de Jerusalém!
Todos – Vós sois a alegria de Israel!
Presidente – Vós, a honra do vosso povo!
Todos – Vós, a advogada dos pecadores!
Presidente – Pela vossa Conceição Imaculada, ó Maria,
Todos – Purificai o meu corpo e santificai a minha alma.
Presidente – Oremos.
Senhor nosso Deus, que, pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preparastes para o vosso Filho uma digna morada e, em atenção aos méritos futuros da morte de Cristo, a preservastes de toda a mancha, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de chegarmos purificados junto de Vós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Todos – Ámen.
Cântico: Toda sois formosa, ó Maria, Imaculada, mãe do Senhor!
(Pode rezar-se uma dezena do Terço em Honra da Imaculada Conceição, e concluir com o mesmo cântico)
9.º DIA – A Imaculada conceição – sermos santos e imaculados como Maria
Deus “nos escolheu em Cristo antes da fundação do mundo para sermos santos e imaculados e irrepreensíveis na sua presença, no amor.” (Ef 2, 4).
O mistério da Imaculada Conceição não é apenas um privilégio concedido a Maria, mas um carisma – dom concedido em visto ao bem da Igreja, à sua participação no plano se salvação –, que tem de ser compreendido no contexto do mistério de Cristo e da Igreja. Portanto, diz-nos respeito: é inspiração e desafio para nós. Maria foi salva antecipadamente, sendo preservada do pecado, e nós fomos salvos, em atenção aos méritos de Cristo. É o amor absolutamente gratuito de Deus, manifestado em Jesus Cristo, que salva Maria e nos salva a nós. É este amor absolutamente gratuito de Deus que se salienta no mistério da Imaculada Conceição e nos dá luz para vermos que também fomos/somos salvos pelo amor absolutamente gratuito de Deus, sem mérito algum da a nossa parte.
É disso mesmo que nos fala o hino de louvor à glória ao Pai, da Carta aos Efésios (1, 3-14): “Bendito seja o Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo”, que, em Cristo, nos “abençoou”, “nos escolheu”, nos adoptou “como seus filhos”, “gratuitamente derramou sobre nós” a sua graça, “abundantemente derramou derramou sobre nós” a graça da redenção, “manifestou o mistério da sua vontade” de “submeter tudo a Cristo”, em Cristo, “fomos escolhidos como sua herança”, “para que nos entreguemos ao louvor da sua glória, nós, que previamente pusemos a nossa esperança em Cristo”. “Foi nele, ainda” que o Evangelho que nos salva e acreditámos e fomos “marcados com o selo do Espírito Santo prometido, o qual é garantia da nossa herança”, “para louvor da sua glória”.
Que é isto senão sermos Marianos da Imaculada Conceição? Não temos nada a envejar de Maria: a vida cristã é tudo dom, e abundante, para ela e para nós!
Leiamos este hino maravilhoso:
“Bendito seja o Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
que no alto do Céu nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo.
4*Foi assim que Ele nos escolheu em Cristo antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis na sua presença, no amor.
5*Predestinou-nos para sermos adoptados como seus filhos por meio de Jesus Cristo, de acordo com o beneplácito da sua vontade, 6para que seja prestado louvor à glória da sua graça, que gratuitamente derramou sobre nós, no seu Filho bem amado.
7É em Cristo, pelo seu sangue, que temos a redenção, o perdão dos pecados, em virtude da riqueza da sua graça, que Ele abundantemente derramou sobre nós, com toda a sabedoria e inteligência.
9*Manifestou-nos o mistério da sua vontade, e o plano generoso que tinha estabelecido, 10*para conduzir os tempos à sua plenitude: submeter tudo a Cristo, reunindo nele o que há no céu e na terra. 11*Foi também em Cristo que fomos escolhidos como sua herança, predestinados de acordo com o desígnio daquele que tudo opera, de acordo com a decisão da sua vontade, 12para que nos entreguemos ao louvor da sua glória, nós, que previamente pusemos a nossa esperança em Cristo. 13Foi nele, ainda, que vós ouvistes a palavra da verdade, o Evangelho que vos salva. Foi nele ainda que acreditastes e fostes marcados com o selo do Espírito Santo prometido, 14*o qual é garantia da nossa herança, para que dela tomemos posse, na redenção, para louvor da sua glória.
E rezemos:
Para sermos santos e imaculados no amor, com e como Maria, “Concedei-nos, por sua intercessão, a graça de chegarmos purificados junto de vós”. Purificados dos ídolos, para que Deus seja Deus em nós, como em Maria.
Vivamos o tempo presente para que o Senhor nos encontre irrepreensíveis/imaculados no dia da sua vinda gloriosa (que o tempo do advento nos põe na expectativa), no fim da história universal e/ou no fim da nossa história pessoal.
Presidente – Toda sois formosa, ó Maria!
Todos – Toda sois formosa, ó Maria
Presidente – Vós sois a gloria de Jerusalém!
Todos – Vós sois a alegria de Israel!
Presidente – Vós, a honra do vosso povo!
Todos – Vós, a advogada dos pecadores!
Presidente – Pela vossa Conceição Imaculada, ó Maria,
Todos – Purificai o meu corpo e santificai a minha alma.
Presidente – Oremos.
Senhor nosso Deus, que, pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preparastes para o vosso Filho uma digna morada e, em atenção aos méritos futuros da morte de Cristo, a preservastes de toda a mancha, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de chegarmos purificados junto de Vós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Todos – Ámen.
Cântico: Toda sois formosa, ó Maria, Imaculada, mãe do Senhor!
(Pode rezar-se uma dezena do Terço em Honra da Imaculada Conceição, e concluir com o mesmo cântico)
[1] JOÃO PAULO II, Carta Encíclica “Esplendor da verdade” (Veritatis Splendor), n.º 118.
[2] Ibidem, n.º 120.
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